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Shadow IT: o que é, 5 exemplos e como lidar com o problema8 min read

O uso da tecnologia dentro das empresas nem sempre segue um caminho estruturado. Mesmo com políticas de TI bem definidas, colaboradores encontram maneiras de adotar ferramentas e softwares que não foram oficialmente aprovados. Esse fenômeno, conhecido como shadow IT, representa um desafio para a governança corporativa e a segurança da informação.

Com a popularização de soluções em nuvem e aplicativos acessíveis, esse comportamento se tornou ainda mais comum. Mas até que ponto o shadow IT pode comprometer a organização? E como lidar com ele sem prejudicar a produtividade?

O que é shadow IT?

O termo shadow IT se refere ao uso de hardware, software, aplicativos ou serviços de TI sem o conhecimento ou a aprovação da equipe de tecnologia da empresa. 

Isso acontece quando os colaboradores utilizam ferramentas externas para otimizar suas atividades, sem passar pelos processos internos de validação.

Esse comportamento pode ter diversas causas, como a busca por mais agilidade, a falta de soluções internas eficientes ou até mesmo a ausência de um canal estruturado para atender às demandas tecnológicas dos times.

O shadow IT é muitas vezes chamado de TI invisível, pois opera fora do controle do setor responsável. Embora possa impulsionar a inovação, também gera riscos significativos para a empresa.

Exemplos de shadow IT no dia a dia

Homem fazendo shadow it
Shadow IT: o que é, 5 exemplos e como lidar com o problema

As práticas de shadow IT variam conforme o setor e as necessidades dos colaboradores. Alguns dos exemplos mais comuns incluem:

1. Aplicativos de comunicação não autorizados

Plataformas como WhatsApp, Telegram ou Slack podem ser usadas para agilizar a troca de informações entre equipes. 

Mas quando não estão sob a gestão de TI, podem gerar riscos como vazamento de dados e falta de registro das interações.

2. Armazenamento em nuvem externo

Serviços como Google Drive, Dropbox e OneDrive são alternativas rápidas para compartilhamento de arquivos. 

No entanto, sem um controle adequado, dados sensíveis podem ser expostos ou acessados por usuários não autorizados.

3. Softwares e licenças individuais

Muitos profissionais instalam programas específicos em seus dispositivos sem a aprovação da TI. 

Isso pode gerar problemas de compatibilidade, falhas de segurança e até mesmo infrações de licenciamento.

4. Uso de dispositivos pessoais

Tablets, notebooks e smartphones particulares são frequentemente utilizados para acessar sistemas corporativos. 

Sem uma política clara de segurança, isso pode abrir brechas para ataques e perda de informações estratégicas.

5. Ferramentas de automação sem controle

Colaboradores podem adotar planilhas avançadas, macros ou bots de automação sem envolvimento da equipe de TI. 

Embora tragam eficiência, essas soluções podem operar fora dos padrões da empresa, dificultando a governança.

Riscos e desafios do shadow IT

O shadow IT pode até trazer ganhos de curto prazo, mas os riscos envolvidos exigem atenção. Entre os principais desafios, destacam-se:

Segurança da informação

A falta de controle sobre as ferramentas utilizadas pelos colaboradores pode expor a empresa a ataques cibernéticos, vazamento de dados e fraudes.

Falhas de conformidade

Regulamentações como a LGPD e a ISO 27001 exigem processos bem definidos para o tratamento de dados. 

O uso de tecnologias não aprovadas pode comprometer a conformidade e gerar penalidades.

Dificuldade na gestão de TI

Sem um mapeamento adequado das soluções utilizadas, o setor de TI perde visibilidade sobre os processos da empresa, dificultando a otimização e o suporte técnico.

Custos ocultos

O uso de soluções não homologadas pode gerar gastos imprevistos com suporte, correções emergenciais e falhas na infraestrutura. 

Além disso, licenças duplicadas ou incompatíveis podem aumentar os custos operacionais.

Como lidar com o shadow IT

Shadow it no computador
Shadow IT: o que é, 5 exemplos e como lidar com o problema

Eliminar completamente o shadow IT pode não ser viável, mas existem estratégias para reduzir seus impactos negativos e garantir que a inovação aconteça de forma segura.

1. Criar um canal aberto entre TI e colaboradores

Muitas vezes, o shadow IT surge por falta de comunicação entre os times. 

Criar um espaço para sugestões e feedbacks permite que a TI entenda as necessidades dos colaboradores e proponha soluções aprovadas.

2. Oferecer alternativas oficiais

Se os colaboradores buscam ferramentas externas, é sinal de que as soluções internas podem ser aprimoradas. 

Avaliar novas tecnologias e fornecer opções eficientes dentro dos padrões da empresa reduz a necessidade de alternativas não autorizadas.

3. Implementar políticas de governança de TI

Definir diretrizes claras sobre o uso de softwares, dispositivos e armazenamento de dados ajuda a minimizar riscos. 

Políticas de BYOD (Bring Your Own Device), por exemplo, estabelecem regras para o uso de equipamentos pessoais no ambiente corporativo.

4. Monitorar o ambiente de TI

Ferramentas de monitoramento e auditoria auxiliam na identificação de softwares não autorizados, garantindo que a equipe de TI tenha mais visibilidade sobre as práticas da empresa.

5. Educar os colaboradores sobre segurança digital

Campanhas de conscientização e treinamentos frequentes ajudam a reforçar a importância da cibersegurança e a reduzir os riscos do uso de soluções externas.

A busca por eficiência e o crescimento do TI invisível

O uso de tecnologias não autorizadas nas empresas não acontece por acaso. Em muitos casos, os colaboradores adotam essas ferramentas como uma resposta à falta de soluções internas eficientes. 

A busca por mais agilidade no trabalho, a necessidade de colaboração remota e a facilidade de acesso a softwares na nuvem aceleraram esse movimento, tornando o TI invisível cada vez mais presente no ambiente corporativo.

Essa tendência ganhou força à medida que aplicativos e plataformas passaram a oferecer versões gratuitas ou acessíveis com poucos cliques. 

Em minutos, qualquer colaborador pode criar uma conta em um serviço de armazenamento em nuvem, adotar um novo aplicativo de comunicação ou automatizar tarefas sem depender da equipe de TI.

O problema surge quando essas soluções operam sem qualquer tipo de governança. Sem uma análise prévia da equipe técnica, não há garantia de que esses sistemas seguem padrões de segurança, conformidade e compatibilidade com a infraestrutura da empresa. 

O resultado pode ser a fragmentação dos processos, a exposição de dados sensíveis e a criação de vulnerabilidades que podem ser exploradas por ameaças externas.

A questão que se impõe não é apenas proibir o uso dessas ferramentas, mas entender o que motiva os colaboradores a recorrerem a elas. 

Empresas que conseguem enxergar essas demandas e oferecer soluções oficiais alinhadas às necessidades das equipes reduzem o uso de sistemas não autorizados e garantem um ambiente digital mais seguro e produtivo.

Monitoramento inteligente: um caminho para equilibrar liberdade e controle

Eliminar completamente o uso de soluções externas pode ser inviável, mas é possível minimizar seus impactos negativos com estratégias de monitoramento inteligente e governança estruturada

O objetivo não é apenas restringir, mas garantir que a inovação ocorra de forma segura e alinhada às necessidades da empresa.

Uma abordagem eficaz começa com políticas claras de uso da tecnologia. Criar diretrizes bem definidas sobre quais tipos de software e serviços podem ser adotados, além de educar os colaboradores sobre os riscos envolvidos, reduz significativamente o uso de sistemas não autorizados.

O monitoramento contínuo do ambiente digital também é uma peça fundamental desse processo. 

Ferramentas de auditoria e análise de tráfego podem identificar softwares não homologados em uso, permitindo que a equipe de TI tome medidas antes que se tornem uma ameaça.

Outro ponto importante é oferecer alternativas oficiais. Quando os colaboradores recorrem a soluções externas, muitas vezes é porque as opções internas não atendem suas demandas. 

Investir em tecnologias modernas, flexíveis e acessíveis reduz a necessidade de buscar alternativas por conta própria.

Além disso, criar um canal aberto entre a TI e os colaboradores ajuda a entender quais são os desafios enfrentados no dia a dia e permite que a equipe técnica participe ativamente da escolha das ferramentas mais adequadas. 

Essa proximidade evita que o uso de sistemas paralelos se torne um problema e contribui para um ambiente digital mais seguro e produtivo.

Equilíbrio entre inovação e segurança é o caminho

O avanço da tecnologia trouxe novas possibilidades para as empresas, mas também desafios na gestão e controle das ferramentas utilizadas no dia a dia. 

A adoção de soluções sem aprovação da TI pode gerar riscos para a segurança da informação, a governança e a conformidade com regulamentações.

No entanto, a resposta não está em restringir completamente o uso de novas tecnologias, mas em criar um ambiente onde inovação e controle caminham juntos. 

Empresas que investem em monitoramento inteligente, políticas bem definidas e diálogo entre TI e colaboradores conseguem equilibrar eficiência e segurança, reduzindo impactos negativos e fortalecendo sua estrutura digital.

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