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Jornada do cliente: o que é, etapas, exemplos e como mapear9 min read

Comportamentos mudam, expectativas também. No centro dessa transformação está a forma como as pessoas se relacionam com marcas.

A jornada do cliente nasce desse movimento. É o caminho que alguém percorre desde o primeiro contato até o momento em que passa a confiar — e seguir junto.

Cada etapa desse processo diz muito sobre como sua empresa é percebida. Quanto maior o entendimento sobre essa jornada, mais conscientes se tornam as decisões estratégicas.

Mapear essa trajetória não é apenas um recurso tático. É uma forma de gerar valor com consistência, identificar falhas e construir experiências que façam sentido para quem está do outro lado.

O que é a jornada do cliente?

A jornada do cliente representa todas as interações que uma pessoa tem com uma marca ao longo do tempo.

Desde o momento em que toma conhecimento de uma solução até o pós-venda, existe um fluxo que mistura informação, emoção e intenção.

Esse caminho envolve diferentes canais, formatos de conteúdo e ações que nem sempre seguem uma ordem previsível.

Cada toque, cada dúvida e cada passo compõem um enredo. E esse enredo pode ser fortalecido ou fragilizado conforme o tipo de experiência que a marca oferece.

Qual a diferença entre jornada do cliente e funil de vendas?

É comum que esses dois termos apareçam juntos. Mas existe uma distinção importante que precisa ser compreendida.

O funil de vendas é uma ferramenta interna. Ele organiza as etapas que a empresa percorre para transformar leads em clientes.

Já a jornada do consumidor parte de outro ponto. Ela nasce da percepção do consumidor, e não do processo da empresa.

Enquanto o funil responde à pergunta “como vendemos?”, a jornada traz outra perspectiva: “como a pessoa decide comprar?”

Uma estratégia eficiente combina esses dois lados. Mas é a jornada que ajuda a entender onde o funil precisa mudar.

Por que mapear a jornada do cliente?

Mapear a jornada é enxergar o negócio pelos olhos de quem compra. É colocar o comprador no centro da conversa — e não apenas nas metas de conversão.

Quando essa análise é feita de forma estruturada, os ganhos vão além do marketing.

Sua empresa começa a identificar padrões que antes passavam despercebidos. Sabe, por exemplo, em qual ponto o lead desiste. E por quê.

Também entende quais canais estão mais presentes na decisão. E que tipo de conteúdo contribui de verdade para esse avanço.

A jornada mapeada ajuda a integrar áreas. Quando marketing, vendas e atendimento compartilham a mesma visão do consumidor, tudo flui com mais clareza.

Jornada do cliente exemplo: como uma marca pode mapear?

Vamos imaginar um cenário simples.

Uma pessoa pesquisa no Google sobre como melhorar o atendimento da sua empresa. Ela encontra um artigo, lê, salva nos favoritos.

Dias depois, recebe um e-mail com conteúdo complementar. Clica, explora mais páginas, agenda uma demonstração.

Esse caminho pode parecer direto. Mas existem vários pontos entre o primeiro clique e a decisão de conversar com alguém.

Ao mapear essa jornada, a empresa identifica:

  • Como o cliente chegou
  • Que tipo de conteúdo mais chamou atenção
  • Onde ele hesitou
  • Quando sentiu confiança para avançar

E com base nisso, pode ajustar o tom da comunicação, priorizar formatos e redesenhar processos.

Quais são as etapas da jornada do cliente?

Aperto de mãos demonstrando sucesso na jornada do cliente
Jornada do cliente: o que é, etapas, exemplos e como mapear

Não existe um único modelo de jornada. Mas algumas fases costumam se repetir com frequência nos processos de compra.

Essas etapas ajudam a estruturar o mapa com mais precisão.

Aprendizado e descoberta

Tudo começa com a curiosidade.

Nesse momento, o cliente ainda não sabe ao certo que tem um problema. Ele está navegando, lendo, observando.

Aqui, o papel da marca não é vender. É informar. Compartilhar conhecimento, abrir possibilidades, despertar reflexão.

Reconhecimento do problema

Depois de consumir alguns conteúdos, o cliente começa a perceber que algo não está funcionando como deveria.

Pode ser um processo lento, uma operação sem controle, um atendimento que não entrega como prometido.

Essa percepção ativa a busca por soluções. E a jornada muda de ritmo.

Consideração da solução

Agora a decisão já está em construção.

O cliente passa a comparar ferramentas, consultar depoimentos, entender o que cada opção oferece.

A experiência digital ganha força. O site, os conteúdos, as conversas com o time comercial — tudo precisa gerar segurança.

Mais do que convencer, o foco aqui é orientar.

Decisão de compra

É o momento do sim.

Mas isso não significa que todas as dúvidas desapareceram. Pelo contrário. Questões sobre preço, prazos, suporte e compromisso ainda podem travar a decisão.

Empresas que entendem isso facilitam a assinatura. Reduzem a burocracia. Deixam claro o que acontece depois.

E mais: continuam entregando valor após a venda.

O que observar ao mapear?

Duas variáveis ajudam a aprofundar a leitura da jornada: intenção e motivação.

Intenção

A intenção revela o que o freguês está buscando em cada etapa.

No início, ele quer aprender. Depois, deseja entender melhor o problema. Mais adiante, precisa avaliar opções com calma.

Saber identificar essa intenção ajuda a posicionar melhor os conteúdos.

Motivação

A motivação revela o porquê.

Por que alguém decide avançar? O que move essa pessoa? Qual sentimento está por trás daquela ação?

Se a empresa entende o que motiva, consegue entregar mais do que informação: entrega sentido.

Como começar o mapeamento da jornada do cliente?

Não é preciso começar com algo complexo. O mais importante é começar com o que você já sabe.

Converse com o time de vendas. Observe padrões no atendimento. Analise dados do site. Veja onde os leads costumam parar.

A partir daí, vá conectando os pontos.

Crie um esboço. Coloque as etapas. Relacione os canais e conteúdos mais usados. Descreva o comportamento esperado.

Com o tempo, esse mapa vai ganhando mais camadas. E passa a guiar ações práticas: campanhas, treinamentos, ajustes no processo comercial.

Ferramentas que podem ajudar

Existem recursos que facilitam muito esse trabalho.

Um bom CRM permite acompanhar o histórico de cada comprador. Mostra quando ele chegou, por onde passou, o que acessou.

Ferramentas de automação ajudam a identificar gatilhos. E plataformas de gestão mostram o comportamento pós-venda.

Quer entender melhor como funciona um CRM? Veja aqui: O que é CRM, como ele funciona e porque sua empresa precisa de um.

A jornada do cliente não é linear

Poucas pessoas seguem um roteiro perfeito.

Elas entram e saem do processo, comparam fornecedores, pausam decisões e retomam dias depois.

Por isso, o mapeamento não deve ser visto como uma linha reta. E sim como uma trilha com desvios, atalhos e retornos.

O que importa é estar presente nos momentos certos. E facilitar o próximo passo sempre que possível.

Como a jornada influencia decisões estratégicas

A jornada de compra vai além da comunicação. Ela mostra como as pessoas se relacionam com o negócio, do primeiro contato à escolha final.

Cada movimento feito ao longo do processo revela oportunidades e pontos de atenção. Quando alguém abandona o fluxo, quando volta dias depois, ou quando avança direto para uma conversa comercial — tudo isso carrega um sinal.

Esses padrões ajudam a tomar decisões mais estratégicas e menos intuitivas.

Com o caminho bem mapeado, fica mais fácil saber onde investir, quais ajustes priorizar e que tipo de abordagem traz mais resultado.

A leitura da jornada permite entender:

  • Quais canais influenciam mais na escolha
  • Onde surgem as dúvidas mais comuns
  • Em que etapa o time precisa atuar com mais precisão

Esse tipo de análise transforma o relacionamento com o público em inteligência prática para o negócio.

Quando a experiência é analisada com profundidade, ela deixa de ser só percepção e vira direção.

Jornada no B2B: o que muda no processo?

Homem e mulher realizando jornada do cliente
Jornada do cliente: o que é, etapas, exemplos e como mapear

Nem toda decisão segue o mesmo ritmo. Em cenários B2C, o caminho costuma ser mais direto, com menos camadas e tomada de decisão mais rápida.

Mas no mercado B2B, a estrutura muda.

O ciclo costuma ser mais longo, envolve diferentes perfis e passa por fases internas de validação. Muitas vezes, quem aprova não é quem vai usar a solução. E isso muda tudo.

É nesse contexto que o mapeamento se torna ainda mais relevante.

O material enviado, o tom da conversa e até a velocidade de resposta precisam se adaptar a um processo mais técnico e com mais etapas de análise.

Aqui, não basta mostrar o valor. É preciso conectar esse valor às metas da empresa, ao orçamento disponível e ao impacto esperado.

Por isso, mapear o comportamento nesse ambiente ajuda a prever movimentos, antecipar objeções e ajustar a entrega com mais precisão.

Com esse cuidado, a comunicação se torna mais consultiva, o processo ganha fluidez e a confiança se fortalece.

Jornada não é sobre controle, é sobre direção

Você não controla o tempo, nem os caminhos que o cliente escolhe. Mas pode oferecer clareza, suporte e confiança ao longo do percurso.

É isso que diferencia empresas que pressionam das que acompanham. As que empurram das que constroem valor.

Com esse olhar, a jornada deixa de ser apenas uma ferramenta. E passa a ser uma cultura de entendimento, entrega e evolução contínua.

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