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Integração de sistemas: o que é e como fazer em 6 passos9 min read

Se tem uma coisa que costuma tirar o sono de quem trabalha com tecnologia, é ver as ferramentas da empresa funcionando separadas, como se cada uma falasse um idioma diferente. A integração de sistemas entra justamente para resolver isso. 

Ela conecta diferentes softwares, plataformas ou aplicações para que compartilhem dados entre si e funcionem de forma coordenada.

Na prática, significa menos retrabalho, menos erro manual e muito mais agilidade nos processos. Em vez de preencher a mesma informação várias vezes em sistemas diferentes, tudo flui de forma automática, e isso muda completamente a rotina de uma equipe.

A ideia deste artigo é explicar como a integração de sistema funciona, quais são os tipos mais usados hoje e como começar a aplicar na sua operação.

Se esse tema já apareceu nas conversas do seu time, vale a pena continuar a leitura.

O que é integração de sistemas?

A integração de sistemas é quando dois ou mais softwares passam a se comunicar entre si, trocando dados e automatizando tarefas.

Em vez de funcionar de forma isolada, cada ferramenta se conecta como parte de um ecossistema. 

Isso permite que informações fluam entre elas de forma contínua, segura e padronizada.

Por exemplo: um sistema de vendas pode se integrar com o de estoque, atualizando os dados automaticamente sempre que uma compra for registrada. Nada de planilhas manuais ou retrabalho para cruzar informações.

Esse tipo de conexão é feito por meio de interfaces de programação (APIs), conectores ou até integrações personalizadas, dependendo da estrutura da empresa e do tipo de tecnologia utilizada.

O resultado é um ambiente mais ágil, com menos falhas operacionais e mais autonomia para as equipes

Tudo isso sem depender de múltiplas plataformas abertas ao mesmo tempo ou cópias duplicadas de dados.

Por que integrar sistemas é importante para as empresas?

Grupo simulando a integração de sistemas
Integração de sistemas: o que é e como fazer em 6 passos

Quando os sistemas da empresa não se falam, é comum ver tarefas repetidas, falhas de comunicação e até dados contraditórios circulando entre os times.

Ao investir na integração entre sistemas, esses gargalos começam a desaparecer. O fluxo de trabalho fica mais simples, mais claro e muito mais eficiente.

Entre os principais benefícios, estão:

  • Eliminação de retrabalho: uma informação cadastrada uma vez já aparece em outros sistemas conectados
  • Agilidade no atendimento ao cliente: menos tempo procurando dados e mais foco em resolver demandas
  • Acompanhamento em tempo real: relatórios sempre atualizados, sem depender de planilhas manuais
  • Redução de erros: menos digitação manual, menos falhas humanas
  • Melhor aproveitamento dos recursos internos: equipes podem se concentrar em tarefas mais estratégicas

Além disso, quando tudo está conectado, a tomada de decisão ganha mais qualidade, já que os dados se tornam mais confiáveis, completos e acessíveis.

Como funciona a integração de sistemas?

Pense em uma ponte entre ferramentas diferentes. Essa ponte permite que os sistemas troquem informações automaticamente, sem precisar de ações manuais.

Quem faz essa “conversa” acontecer são os chamados meios de integração, que podem variar conforme o tipo de software envolvido.

Os mais comuns são:

  • APIs (Application Programming Interface): facilitam a comunicação entre plataformas, padronizando o envio e recebimento de dados
  • Conectores prontos: são integrações já desenvolvidas entre ferramentas populares, como CRM e ERP
  • Integrações personalizadas: soluções sob medida, criadas quando os sistemas não oferecem APIs nativas ou quando é necessário atender regras específicas

Esse processo costuma envolver profissionais de TI, mas hoje existem plataformas que ajudam a conectar sistemas de forma mais simples, com baixa ou nenhuma necessidade de código.

Independentemente da abordagem, o objetivo é sempre o mesmo: garantir que os dados fluam com segurança e sem interrupções, melhorando a produtividade do time e a confiabilidade das informações.

Exemplos de integração de sistemas na prática

Na teoria, tudo parece interessante. Mas é no dia a dia das empresas que a integração entre sistemas realmente mostra seu impacto.

Veja alguns exemplos que ajudam a entender como isso funciona na prática:

Integração entre CRM e ERP

Conectar o sistema de vendas com o sistema de gestão financeira permite que informações fluam de forma automática. 

Sempre que um pedido é fechado no CRM, os dados podem ser enviados diretamente para o ERP, facilitando a emissão de faturas, controle de estoque e lançamentos contábeis.

Essa comunicação elimina etapas manuais e garante mais agilidade entre os times de vendas, financeiro e logística.

Integração entre plataforma de atendimento e base de dados

No suporte ao cliente, tempo é tudo. Quando a equipe precisa abrir diversos sistemas para acessar informações, o atendimento se torna mais demorado. 

Ao integrar a plataforma de atendimento com a base de dados da empresa, o histórico do cliente já aparece de forma automática, sem precisar buscar manualmente.

Isso resulta em um atendimento mais rápido, preciso e com melhor experiência para o cliente final.

Integração entre e-commerce e sistema logístico

Empresas que vendem online sabem como é importante automatizar os processos de envio. 

Ao conectar a loja virtual com o sistema da transportadora, cada novo pedido já é direcionado automaticamente para expedição. 

A etiqueta é gerada, o cliente recebe o código de rastreio e o status da entrega é atualizado em tempo real.

Essa conexão evita falhas de comunicação e aumenta a confiança do consumidor na operação.

Integração entre sistema de RH e folha de pagamento

Outro exemplo bastante comum está no setor de recursos humanos. 

Se o sistema de ponto eletrônico estiver conectado com a folha de pagamento, as informações de jornada, horas extras e faltas são levadas em conta automaticamente no fechamento do mês.

Isso reduz erros nos cálculos e dá mais segurança tanto para o RH quanto para os colaboradores.

Esses casos ilustram bem como funciona na prática a integração de sistema

Exemplos como esses mostram que, com a escolha certa de ferramentas, é possível construir fluxos integrados que simplificam a operação e tornam os processos mais inteligentes.

Tipos de integração mais utilizados

Antes de decidir qual caminho seguir, vale entender o que é integração de sistemas sob diferentes formatos. Isso porque existem modelos distintos, e cada um atende melhor a um tipo de operação.

Veja os principais:

Integração ponto a ponto

Nesse modelo, dois sistemas se conectam diretamente entre si, de forma personalizada. Funciona bem em projetos mais simples, com poucas ferramentas envolvidas.

Apesar da praticidade inicial, esse tipo de estrutura pode se tornar difícil de manter conforme o número de conexões cresce.

Middleware (camada intermediária)

Aqui, a comunicação é feita por uma camada adicional que serve como ponte entre os sistemas. 

Esse middleware interpreta os dados e garante que eles sejam trocados corretamente entre plataformas diferentes.

Esse formato costuma ser mais robusto e facilita a gestão de um sistema de integração mais complexo e escalável.

Integração via API

As APIs são hoje uma das formas mais utilizadas para conectar ferramentas. Elas funcionam como “portas de entrada” para os dados, seguindo regras bem definidas.

Além de serem flexíveis, permitem que as empresas tenham mais controle sobre as informações trocadas entre os sistemas.

Plataforma de integração como serviço (iPaaS)

Essas plataformas oferecem soluções prontas para conectar ferramentas diversas sem precisar de grandes desenvolvimentos internos. 

Algumas usam até lógica de “arrastar e soltar” para configurar as integrações.

São ótimas opções para empresas que buscam agilidade e não contam com uma equipe técnica disponível o tempo todo.

Entender os tipos disponíveis ajuda a escolher o melhor sistema de integração para cada realidade. Afinal, o que funciona para uma operação pode não fazer sentido em outra.

Como fazer uma integração de sistemas em 6 passos

3 pessoas fazendo integração de sistemas
Integração de sistemas: o que é e como fazer em 6 passos

Mesmo parecendo algo técnico demais à primeira vista, fazer uma integração de sistemas pode ser mais simples do que se imagina, principalmente quando existe um bom planejamento.

Veja um passo a passo que ajuda a tornar esse processo mais claro e seguro:

1. Mapeie os sistemas usados na empresa

O primeiro passo é entender quais ferramentas realmente fazem parte da operação. Levante todos os sistemas utilizados por cada área, analise suas funções e identifique o tipo de dado que geram ou consomem.

Esse mapeamento evita retrabalho e facilita a escolha das integrações prioritárias.

2. Defina o que precisa ser conectado

Nem tudo precisa se comunicar o tempo todo. Avalie quais trocas de dados são mais importantes e impactam diretamente o dia a dia das equipes. 

Comece pelas conexões que resolvem gargalos reais, como entre CRM e financeiro, ou e-commerce e logística.

Focar no que realmente traz resultado torna o processo mais eficiente.

3. Escolha o tipo de integração mais adequado

Com base nos tipos disponíveis, defina qual se encaixa melhor na realidade da empresa. Pode ser uma API, um middleware, conectores prontos ou uma plataforma iPaaS.

O ideal é buscar uma estrutura que permita escalar, que seja segura e fácil de manter com o tempo.

4. Planeje os fluxos de dados

Aqui é hora de desenhar como as informações vão circular. Decida o que será enviado, com que frequência e como garantir que não haja perda ou duplicidade.

Essa etapa é decisiva para garantir que a integração entre sistemas funcione de forma fluida e confiável.

5. Teste e valide antes de ativar

Antes de colocar tudo em produção, é importante testar. Verifique todos os cenários possíveis, faça ajustes e valide os resultados com os times envolvidos.

Isso ajuda a evitar falhas técnicas ou impactos indesejados na operação.

6. Acompanhe e otimize continuamente

A integração não termina quando entra no ar. Ela precisa de manutenção, revisões e melhorias. 

Monitorar o desempenho e ouvir os usuários ajuda a manter o sistema de integração sempre alinhado com a realidade do negócio.

Para pensar no futuro da operação

Criar conexões entre ferramentas já não é mais uma tendência, mas parte da base de uma operação eficiente.

A integração de sistemas ajuda a construir fluxos mais simples, confiáveis e escaláveis, prontos para acompanhar a evolução da empresa.

Quanto mais as tecnologias trabalham em conjunto, maior a capacidade de tomar decisões rápidas, manter a equipe alinhada e garantir que os dados certos estejam no lugar certo, na hora certa.

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