Você já ouviu falar em top-down e bottom-up? Durante muito tempo, o modelo de gestão que predominou no meio corporativo era o top-down, também conhecido como cascata.
Hoje, principalmente com o crescimento das startups, esse cenário começou a mudar e já vemos empresas sendo gerenciadas no modelo bottom-up, de baixo para cima.
Mas, afinal, qual a diferença entre top-down e bottom-up? Existe um modelo organizacional melhor que outro? Qual escolher?
Abaixo, entenda como funciona cada abordagem e suas diferenças para descobrir qual o modelo de gestão ideal para seu negócio.
O que é top-down e bottom-up?
Top-down e bottom-up são modelos gerenciais que possuem diferentes abordagens, principalmente quando o assunto é tomada de decisões.
Em tradução livre, top-down significa “de cima para baixo”, enquanto bottom-up é “de baixo para cima”, e isso representa a estrutura gerencial seguida por aquele negócio.
Em outras palavras, uma gestão top-down é aquela baseada na hierarquia tradicional, em que as pessoas que estão no topo, a gerência, toma todas as decisões da organização, que posteriormente só são repassadas para os outros setores e cargos.
Já o bottom-up é o modelo que também podemos chamar de gestão horizontal, em que todos podem participar da tomada de decisão em algum grau, independentemente de fazer parte ou não da alta administração.
O top-down é o modelo de gestão mais comum, usado por empresas mais tradicionais como bancos e grandes indústrias, por exemplo.
O bottom-up, por outro lado, tem encontrado espaço no mercado principalmente dentro das startups. Hoje, esse modelo gerencial é conhecido em empresas de tecnologia e de áreas criativas.
Como funciona a estratégia top down?
Agora que você sabe o que é top-down e bottom-up, vamos entender como funciona cada uma das abordagens na prática.
Começando pelo modelo de gestão de cima para baixo, que é provavelmente o mais conhecido, temos aqui uma estrutura organizacional tradicional.
Nesse cenário, há uma hierarquia bem definida, ou seja, a estrutura do negócio possui níveis mais altos que outros, seguindo o modelo tradicional de líder e subordinado.
Falando especificamente das tomadas de decisões, uma empresa que utiliza a estratégia top down possui uma liderança que define tudo sobre aquele negócio.
Nesse modelo, não há interferência de ninguém que não faça parte desse núcleo central, considerado o topo da hierarquia, nas escolhas e decisões.
Assim, após definir algo, os dirigentes apenas repassam a decisão para o restante da empresa, que irá seguir o que foi informado.
Apesar de ser um modelo gerencial muito usado e conhecido, hoje em dia muitas empresas tradicionais se preocupam com questões como as necessidades e a motivação dos colaboradores.
Já que a autonomia não é um atributo comum em empresas top-down, é importante ficar atento aos sinais para que não haja uma desmotivação e baixa produtividade por parte da equipe.
E a estratégia bottom up, como acontece na prática?
Já a gestão bottom-up segue uma linha oposta ao top-down, principalmente no que se refere a tomada de decisões.
Esse modelo gerencial também é conhecido como horizontal, justamente porque não há uma relação de poder tão acentuada como acontece no modelo de cima para baixo.
Assim, independentemente do setor e cargo que o colaborador executa, ele também pode participar das escolhas e ter suas opiniões acatadas.
Claro, não podemos esquecer que até mesmo uma empresa que utiliza a abordagem bottom-up possui uma liderança, um núcleo central administrativo que gerencia o negócio.
No entanto, a autonomia e participação fazem parte da cultura da empresa e, dessa forma, todos têm a oportunidade de auxiliar nas tomadas de decisões.
Assim, enquanto no top-down as decisões são tomadas de forma mais individual, concentrando apenas na mão de pessoas que estão no topo da hierarquia, na gestão de baixo para cima a decisão parte de opiniões coletivas.
Dessa forma, é permitido, inclusive, que pessoas de níveis hierárquicos mais baixos participem de reuniões importantes e apresentem sua visão.
Diferença entre bottom up e top down
Já deu para perceber como funcionam os modelos top-down e bottom-up, não é? Podemos dizer, então, que a principal diferença entre as abordagens é justamente a centralização de poder de escolha, que no modelo bottom-up é mais amplo.
No entanto, essa não é a única diferença entre eles.
A seguir, vamos entender o que os difere e as vantagens de cada modelo para que você possa entender qual o melhor para sua empresa.
Vantagens da abordagem top-down:
- Uniformidade de processos;
- Tomada de decisões mais ágeis e rápidas;
- Menor interferência nos processos gerenciais;
- Mudanças menos frequentes, consistência e padrão nos processos internos.
Vantagens da abordagem bottom-up:
- Maior envolvimento, engajamento e motivação dos colaboradores;
- Melhoria nas relações e comunicação entre setores e colaboradores;
- Discussões mais amplas, mais pontos de vista, decisões mais ponderadas;
- Maior uso do potencial criativo dos colaboradores;
- Detecção de erros, falhas e problemas mais rapidamente.
Quais os principais desafios do top-down e bottom-up?
Os pontos positivos do top-down e bottom-up você já sabe, mas sabemos que nem tudo são flores, certo? Então, para chegar a conclusão de qual o melhor modelo de gestão, é preciso conhecer algumas desvantagens das abordagens.
Falando primeiramente no top-down, como o próprio nome diz, as decisões nesse modelo são tomadas de cima para baixo.
Isso significa que há apenas uma visão, uma perspectiva para optar por determinada escolha.
Apesar de tornar o processo mais rápido, pode ser arriscado, pois a liderança, por mais participativa que seja, pode não ter uma visão completa da realidade dos colaboradores ao realizar o trabalho.
Isso pode resultar em objetivos inalcançáveis, comunicação confusa, implementação de novas tarefas e processos sem a capacitação da equipe, baixa satisfação e engajamento, entre outros pontos negativos.
Por outro lado, na gestão de baixo para cima, apesar de eliminar alguns desses problemas ao contar com a participação dos colaboradores nas tomadas de decisões, há outras questões que devem ser consideradas.
A principal delas é a demora nas decisões, uma vez que haverá muitos pontos de vista para ouvir e considerar.
Além disso, em empresas com número grande de colaboradores, pode ser difícil abrir espaço para que cada um deles participe ativamente das decisões.
Chega de achismo e intuição: aprenda como tomar boas decisões em seu negócio!
Depois de conhecer as vantagens e desvantagens do top-down e bottom-up, você provavelmente já sabe qual abordagem faz mais sentido para as tomadas de decisões do seu negócio.
Agora, é hora de dar um passo além.
Não importa se é apenas a liderança ou se há a participação de outros colaboradores nas escolhas, se elas não são baseadas em dados e informações concretas, certamente não trarão o resultado esperado.
Por isso, se você ainda não conhece o conceito de Business Intelligence, chegou a hora de entender mais sobre o assunto.
A inteligência de negócios pode otimizar a tomada de decisões da sua empresa, baseando suas escolhas em informações concretas, por meio da gestão de dados.
Quer saber mais sobre isso? Então leia nosso artigo “O que é Business Intelligence e para que serve”.