Gestão Horizontal: entenda o achatamento da estrutura organizacional

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Você já ouviu falar em gestão horizontal? Essa é uma tendência no universo corporativo que defende o oposto da gestão baseada em hierarquia. 

Já pensou em um negócio em que a estrutura organizacional não possui níveis mais altos que outros, mas onde todos possuem autonomia e participam das tomadas de decisões

É exatamente isso que a cultura organizacional horizontal defende. Se você ainda não ouviu falar desse conceito, chegou a hora de entender mais sobre esse assunto. Confira!

Afinal, o que é gestão horizontal?

Para entender o que é uma gestão horizontal, basta pensar em uma linha: nesse modelo organizacional, é como se cada funcionário estivesse lado a lado.

Desse modo, em uma empresa de organização horizontal, não há um líder que manda e delega tarefas para um determinado time. Essa relação de poder não existe. 

A intenção é que todos os colaboradores de uma empresa tenham autonomia em sua rotina, tenham suas ideias e opiniões ouvidas e, claro, participem das tomadas de decisões.

Assim, não é a liderança que faz as escolhas e apenas informa a decisão ao restante, mas todos têm a oportunidade de participar daquele momento. 

Como a estrutura organizacional horizontal funciona?

Agora que você sabe o que é a gestão horizontal, deve estar pensando em como esse modelo de gestão pode funcionar na prática, não é?

A verdade é que, em um primeiro momento, pode parecer que uma cultura organizacional horizontal torna a empresa um local sem regras, sem organização. Mas isso não poderia estar mais errado.

Na realidade, existe uma hierarquia dentro desse modelo, mas é uma hierarquia horizontal

Isso quer dizer que, na prática, ainda irão existir diferentes cargos (inclusive os de liderança) e médias salariais diversas. 

O que não acontece é o uso exacerbado desse poder. 

Além disso, os colaboradores na gestão horizontal já não precisam mais esperar ou ir até um gestor para poder tomar certa atitude.

Eles possuem autonomia para fazer escolhas e, por mais que exista alguém direcionando as demandas, a ideia de que tudo precisa passar por um líder antes de ser colocado em prática se torna antiquada. 

Quais os benefícios da gestão horizontal?

E o que uma empresa ganha ao adotar uma gestão horizontal? Existem muitos benefícios nesse modelo, abaixo, vamos falar sobre alguns deles.

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Processos menos burocráticos

Certamente você já trabalhou ou precisou entrar em contato com uma empresa que possuía processos burocráticos, onde, para resolver uma pequena questão, era necessário passar por diversos setores.

Em negócios em que a gestão vertical é muito rígida, esse tipo de situação costuma acontecer. Assim, em uma negociação com um cliente, por exemplo, o atendente não pode fazer nada sem que antes haja a liberação de um supervisor.

Há também os casos internos, em que chamados de dentro da empresa demoram dias para serem solucionados porque é necessário passar por diversas pessoas antes de chegar ao responsável. 

Na gestão horizontal, esse problema não acontece, o que torna o fluxo de trabalho mais rápido e dinâmico. 

A autonomia, que é uma das características mais fortes da gestão e organização horizontal, é um direito de todos os colaboradores e isso torna as tomadas de decisões mais eficientes. 

Nesse cenário, para oferecer um benefício para um cliente em uma negociação, o colaborador não precisa pensar duas vezes se acredita que aquilo é o melhor a se fazer naquele momento. 

Ele possui a liberdade de fazer essa escolha e conseguir concluir a negociação de forma mais ágil e positiva. 

Implementação mais ágil de ideias

Associado ao que falamos acima, outro benefício da gestão horizontal é a facilidade de resolver problemas, sejam as questões internas que toda empresa enfrenta ou problemas com os próprios clientes.

Vamos a um exemplo para ilustrar como isso pode facilitar o dia a dia da empresa? 

Suponhamos que um colaborador do setor de marketing tenha uma ideia de ação para realizar em uma data colaborativa que se aproxima. 

No modelo tradicional, ele precisaria levar seu plano ao seu gestor, que o levaria ao líder do setor, que posteriormente falaria com o diretor comercial, por exemplo, para, finalmente, ser aprovado pela presidência. 

Já na gestão horizontal, o colaborador teria a liberdade de falar diretamente com a presidência ou até mesmo reunir todas as pessoas em cargo de liderança para apresentar-lhes sua ideia. 

Juntos, eles tomariam a decisão de como e quando fazer, visando que, se o colaborador acredita ser uma boa ideia, por mais abaixo que ele estivesse em uma hierarquia, se ela existisse, sua opinião contaria tanto quanto a de qualquer outro

Maior participação e engajamento dos colaboradores

Ser ouvido é o sonho de qualquer profissional, não é? Ter suas ideias aprovadas, poder colocar em prática o que se sabe e aprendeu. 

No entanto, no modelo vertical nem sempre isso é possível, a menos quando há uma promoção e o colaborador chega a um cargo de maior prestígio.

Na gestão horizontal, isso é possível para qualquer colaborador, desde um gestor a um estagiário. E é exatamente essa liberdade e autonomia que favorece o engajamento, motivação, participação e desempenho de todos. 

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A gestão horizontal faz sentido para o seu negócio? 

Essas são apenas algumas das vantagens de adotar essa metodologia organizacional em seu negócio.

Apesar disso, vale a pena lembrar que não existe um tipo de gestão superior, mas aquela que é mais indicada para a realidade e objetivo da sua empresa.

Além disso, para que a gestão dê certo, independentemente da metodologia escolhida, ela deve estar alinhada à cultura organizacional, para que todos os colaboradores e clientes vivam na prática o que é pregado pela empresa.

Por isso, se você ainda não possui uma cultura definida em seu negócio ou sente que precisa aprender mais sobre esse assunto, que tal conferir nosso artigo sobre o tema? 

Leia “Cultura organizacional: o que é e meios de fortalecer“ e entenda como fazer os valores presentes em sua gestão serem compreendidos e adotados por toda a empresa.

Por Rafael Fialho Teixeira em 14/02/2022